Tchau, tchau Chile!

Chegou a hora! Acordando de manhã cedinho, os olhares para a paisagem da Cordilheira dos Andes, que nos cercava, já eram saudosos. Apesar de tantas atividades e passeios, a galera não estava com muita vontade de embarcar e deixar o solo chileno.

 Mas parece que os pedidos de ficar um pouco mais foram realizados. Com a atividade do vulcão chileno Puyehue que espalhou suas cinzas pelo Brasil, alguns aeroportos amanheceram fechados, causando aquele sucessivo atraso de voos que também postergou um pouquinho a hora de nos despedirmos do Chile.

Alunos no Aeroporto Internacional de Guarulhos
Depois de voarmos de Santiago para Guarulhos, a maioria do pessoal resolveu aproveitar o pit-stop para fazer um lanche e algumas compras no free shop. Afinal, ninguém é de ferro e os parentes e amigos estavam esperando pelas lembrancinhas que os viajantes trariam desse momento.

Aterrissamos em Porto Alegre e, nos aguardando, estavam mães, pais, namoradas, com aquele sorriso no rosto. Acaba assim a Global Trip 2011. O Chile se mostrou um destino surpreendente, pois mesmo próximo no mapa, ainda é muito distante na cultura. Os nossos futuros internacionalistas desbravaram apenas um pedacinho da América Latina, mas é só o começo para essa galera que tem o mundo inteiro pela frente.

Livres pelo Chile

Dia livre. Depois de dias repletos de atividades e visitas, todos tiveram a oportunidade de escolher o passeio que queriam fazer antes de se despedir de Santiago.

Um grupo de alunos optou por visitar a Cordilheira dos Andes. Mesmo não sendo possível esquiar, não faltaram brincadeiras com a neve, e a emoção de ver de perto a grandiosidade das montanhas geladas chilenas.



Porém, muito de Santiago restava a ser explorado. Assim, o domingo foi aproveitado pelos demais viajantes para passear pela cidade, ver mais uma vez sua incrível arquitetura, com formas nada convencionais e, também, aprofundar a rica (e algumas vezes triste) história que o Chile tem para contar.



O Museo de La Memoria y los Derechos Humanos foi um dos locais visitados. Nele, foi possível sentir as marcas que os anos de ditadura deixaram no país e em seu povo. Material conservado durante os anos do regime de Pinochet, como cartas, fotos e objetos pessoais ajudam a contar essa história, junto a pequenos documentários retratando o período.





Fontes, estátuas, pololos namorando, e uma grande subida levam ao alto do Cerro Santa Lucia. Do topo, um mirante permite uma visão incrível da cidade rodeada pelas alvas cordilheiras.








O Cerro Santa Lucia tem este nome desde que Pedro de Valdívia em 13 de dezembro de 1540, dia de Santa Lucia, chega ao local e toma posse. Este era um excelente mirante de onde se avista todo o vale do rio Mapocho. Foi nesse lugar, em 12 de fevereiro de 1541, que foi fundada a cidade de Santiago, antes chamada de Santiago de Nueva Extremedura.



Foi uma semana com muitas atividades e, sem dúvidas, bastante aprendizado. Santiago deixou aquele gostinho de “quero mais”, o Chile uma imensidão de passeios, cultura e pessoas a serem conhecidas. Contudo, é hora de voltar. Levamos a bagagem mais pesada na volta, com as lembranças e experiências que essa incrível viagem nos proporcionou.

Encantados por Valparaíso e Viña del Mar


O quinto dia de viagem foi marcado por um belo passeio a Valparaíso e Viña del Mar. Na parte da manhã, os alunos percorreram, de ônibus, uma média de 120km. Foi só chegar em Valparaíso para comprovar a beleza do local. A combinação dos diversos morros que enfeitam a cidade junto do maior porto do Chile mostra o porquê da cidade ter sido instituída Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

Valparaíso é banhada pelo Oceano Pacífico e, como polo portuário, movimenta milhões de pesos por ano.  A cidade, que já é colorida pelas casas que marcam as ruas de cada morro, fica ainda mais charmosa com os diversos quadros e lembranças que são vendidos nas feiras artesanais da cidade.

Assim como Santiago, capital do Chile, Valparaíso também foi casa do poeta Pablo Neruda. Ele, em 1959, procurava um lugar tranquilo e inspirador para escrever. Valparaíso, com certeza, era a melhor opção.
Depois dos alunos se deslumbrarem com a vista do porto e comprarem suas lembranças do local, partiram em direção a Viña del Mar. Comuna que ficaria a minutos de Valparaíso.

Em Viña del Mar, a primeira parada foi no relógio de flores localizado no Paseo Alessandri. Aquele foi o primeiro cartão de visitas que os futuros internacionalistas receberam da “Cidade Jardim” – como é chamada pelos chilenos. Ela é o exemplo típico de um município que vive do turismo. Outros exemplos de atividades turísticas de Viña del Mar são o Festival de la Canción, que ocorre no mês de fevereiro, e o Festival de Cine de Viña del Mar, em outubro.
O almoço acompanhado da tarde livre para admirar o mar do Pacífico marcaram o período que estiveram em Viña del Mar. No fim da tarde, a rota escolhida para a volta a Santiago percorreu o topo dos morros das cidades visitadas. Uma ótima forma dos estudantes se despedirem do passeio que seria o penúltimo da Global Trip 2011.


Um brinde ao business!

No 4º dia de Global Trip, nossa programação é conhecer a Concha y Toro, maior vinícola do Chile e uma das cinco maiores do mundo. Então, cedinho embarcamos no ônibus a caminho do Vale do Maipo, onde se produzem os vinhos tintos e se localizam a maior parte das terras da empresa. O cenário ao longo do percurso vai se modificando; partimos com a bela Cordilheira dos Andes, que amanheceu nevada, ao fundo e chegamos em terras áridas com os típicos cactos como vegetação.

No Vale do Maipo, por sua propícia localização geográfica, estão situadas cerca de 40 das 230 vinícolas existentes no Chile. Entretanto, nem todas as cepas de uvas –como são chamadas as variedades– podem ser cultivadas nesse solo. Por essa razão, a Concha y Toro possui terras também em outros vales chilenos –de onde vem as cepas brancas– e na Argentina –onde a uva Malbec tem suas mais privilegiadas condições para se desenvolver.

Em 1883, Don Melchor de Concha y Toro fundou a vinícola, trazendo da França as primeiras cepas para vinho. A empresa carrega o nome de seu fundador até hoje, além de ainda estar sediada nas terras em que tudo começou. A casa de Don Melchor faz parte do roteiro turístico pelo qual passeamos e surpreende com sua decoração preservada original, em sua maioria, desde 1875. Com 22 dormitórios, 22 hectares de jardim e 4 mil metros quadrados construídos, o verdadeiro palácio de arquitetura italiana que Don Melchor construiu serve hoje como local para reuniões e grandes eventos corporativos da vinícola.

Os alunos conheceram o jardim de variedades que está sendo cultivado. São 27 tipos de uvas se desenvolvendo para que, posteriormente, seja mais fácil treinar profissionais para identificar as especificidades de cada cepa. No entanto, desses 27 tipos de uva, apenas 12 são comercialmente produzidos pela Concha y Toro em seus 8 mil hectares no Chile e 1 mil hectare na Argentina. A região que conhecemos possui um solo tipicamente aluvial, característico pelos poucos nutrientes e a abundância de pedras. Ali nasce uma uva mais pequena e com mais açúcar, estudada e planejada para atingir o grau exato de maturação.

Depois de conhecer as vinhas ainda pequenas, visitamos outra parte do processo da criação do vinho. É durante o armazenamento sob condições climáticas bem precisas que todos os sabores nascem. A temperatura de 11,8˚C e a umidade de 80% são controladas enquanto os barris –alguns de carvalho americano e outros mais refinados de carvalho francês– repousam. No entanto, os vinhos Don Melchor, um dos mais caros produzidos pela vinícola, ficam armazenados em um lugar especial, o Casillero del Diablo. Com 4 metros de profundidade, essa adega subterrânea mantém a temperatura e a umidade ideais de modo natural. Os tijolos são unidos por uma mistura de cal, areia e clara de ovos, mas não é por essa razão que todo turista tem que conhecê-lo.

Antes mesmo do nascimento da Concha y Toro, Don Melchor já era um grande apreciador de vinhos e reservava seu preferidos exatamente no Casillero del Diablo. O espaço ganhou esse nome pela lenda que o próprio dono do lugar criou, depois que alguns de seus melhores vinhos começaram a desaparecer misteriosamente. Don Melchor descobriu que as bebidas estavam sendo roubadas e espalhou a história de que o próprio diabo guardava sua seleção especial.

Na sequência, os alunos assistiram a verdadeiras aulas de marketing aplicadas aos cases da Concha y Toro, que recebe cerca de 100 mil pessoas por ano para viver uma experiência com a marca. A equipe administrativa da vinícola contou sobre seu projeto de sustentabilidade com medidas ecológicas que geram economias. Garrafas mais leves, redução no consumo de água e preservação dos bosques locais para manter o clima da região fazem parte da iniciativa que já rendeu prêmios, como o Green Awards em 2010.

Existem 11 linhas de vinhos diferenciadas pertencentes á Concha y Toro, dentre elas, a famosa Casillero del Diablo e a requintada Marques de Casa Concha. Os estudantes tiveram a oportunidade de saber mais sobre as estratégias de marketing utilizadas pelos brand managers dessas duas marcas da vinícola. A Casillero se destaca dentre as linhas por seu volume de vendas; se fosse separada da Concha y Toro, seria, nada mais, nada menos, que a segunda maior vinícola do Chile.

O próximo e, talvez, mais aguardado passo era degustar os produtos finais desse processo que a galera conheceu no passeio. Foram oferecidos 9 vinhos diferentes da Marques de Casa Concha e da Casillero del Diablo, que eles saborearam guiados por um sommelier. Com aromas, cores, origens e gostos decifrados, a complexidade de cada taça se mostra muito maior.

Conhecer a Concha y Toro e seus vinhos foi uma oportunidade especial de percorrer os contornos do Chile através de outra perspectiva. O sucesso da empresa não é à toa; a vinícola mostrou estar à altura do lema: “Buscamos retribuir em cada garrafa o que a terra nos deu.”

Confira a reportagem:



Acesse a galeria de fotos do quarto dia de viagem.

Um dia diplomático

Diplomacia governamental ou empresarial. Esta é uma grande dúvida para estudantes de relações internacionais. Na quinta-feira, dia 13 de outubro, os alunos que participaram da Global Trip 2011 tiveram a oportunidade de conhecer essas duas formas de atuação profissional, pois visitaram a Embaixada Brasileira no Chile e a Petrobrás.

A primeira visita foi à embaixada. O Palácio Errázuriz, prédio em que está situada, foi adquirido em 1941 pelo governo brasileiro. Construído em 1872 pelo arquiteto italiano Don Eusebio Chelli, em estilo neoclássico, serve como local de discussão de acordos e tratados entre os países e, também, como palco de eventos culturais. Atualmente, passa por reformas, tendo em vista os problemas decorrentes do terremoto que atingiu Santiago em 2010.

Na ocasião, os alunos puderam ter maior contato com o cotidiano da diplomacia, tendo conversado com o embaixador Frederico de Araújo e Maurício Bernardes, secretário da Divisão Comercial da Embaixada Brasileira no país. As relações bilaterais Brasil-Chile, sua pauta comercial e a integração entre os países sul-americanos foram alguns dos assuntos debatidos na visita.

Os alunos também conheceram o Centro Cultural Brasil-Chile, anexo ao prédio da embaixada, em que são oferecidas aulas de língua portuguesa e cultura brasileira a estrangeiros, além da promoção de eventos culturais.

Confira a reportagem:



Depois de almoçar no shopping, os alunos foram para a sede da Petrobras aqui em Santiago. Renato Marques, gerente da rede de postos Petrobras – Chile, recebeu os alunos para uma conversa. Renato contou aos presentes sobre como funcionava a empresa brasileira aqui no Chile.

Marques é engenheiro químico mas hoje em dia atua com marketing e negócios. Dentre várias dicas e exemplos que ele deu aos alunos, enfatizou o seguinte: “Aqui ou no Brasil, o que a gente vende é abastecimento de combustível”. Explicou, que por se tratar na maior parte dos casos um serviço, a Petrobras busca adotar o método One Stop Shop, que seria a otimização do tempo dos clientes nos estabelecimentos.

Os alunos aprenderam também, que as empresas que vão se internacionalizar precisam se adaptar com as diversidades culturais dos outros países. Segundo Renato essas noções estratégicas são essenciais para uma multinacional dar certo.

Confira a reportagem:



Acesse a galeria de fotos do terceiro dia de vigem.

Santiago é apaixonante!

Santiago já havia nos conquistado na noite de ontem, terça-feira, assim que chegamos. Mas foi só amanhecer que pronto: todos se encantaram mais ainda por essa cidade! O segundo dia da viagem serviu para os alunos conhecerem a capital do Chile com o city tour guiado por Haroldo - como o chileno prefere ser chamado por brasileiros.

Iniciamos o roteiro pela principal avenida da cidade que carrega consigo várias peculiaridades. Por exemplo, a rua muda de nome quatro vezes ao longo de seu percurso. Por quê? A cada província que ela cruza recebe uma nova nomeação. No seu subsolo, um trem que é um dos principais meios de transporte da cidade. A avenida também possui uma arquitetura muito bem estruturada e preparada para terremotos e tremores. Mais de 85% dos prédios da capital são antissísmicos. O que explica os poucos estragos em Santiago pelo terremoto que aconteceu no dia 27 de fevereiro de 2010.

No passeio conhecemos vários pontos históricos da cidade que ilustravam os momentos marcantes que a capital chilena passou. Como, por exemplo, o Palácio de La Moneda, local muito lembrado pela época de totalitarismo de Augusto Pinochet sobre o país. A cada local novo e marcante de Santiago que a galera conhecia, mais se ouvia a frase: "Eu quero morar aqui!".

A paixão dos alunos tem explicação: Santiago é bem limpa. Você caminha, caminha e caminha e encontra uma que outra latinha de refrigerante no chão. Outro motivo, é a mescla - muito bem feita - entre arquitetura antiga e moderna. Os prédios mais tradicionais têm fortes referências da arquitetura francesa, resultado de jovens de classe alta que estudaram na frança nos seculos XVIII e XIX. Já os prédios novos, impressionam, principalmente, por sua altura. Inclusive, o prédio mais alto da América Latina está sendo construído aqui em Santiago.

Pra terminar o city tour, o pessoal subiu no Mirante do Morro de San Cristobal e ficou mesmerizado com a vista que o lugar proporcionava. O friozinho de lá de cima e o sol que fazia sombra nas árvores e prédios só confirmava a hegemonia das sensações sentidas: Santiago é apaixonante!

Confira a reportagem:


Confira a galeria de fotos.

Finalmente em solo chileno

Depois de 11 horas, entre sairmos da ESPM-Sul e chegarmos ao hotel, finalmente, Chile cá estamos nós! Um pouco exaustos de tantas horas em aeroportos e aviões? Siiim! Mas com muito gás para curtir as surpresas que esta terra pode nos proporcionar.

A maioria da galera partiu da ESPM por volta das 13 horas. Alguns se juntaram ao grupo já no Aeroporto Salgado Filho. Todo mundo reunido, era hora de fazer o check-in e embarcar. Com todos ainda cheios de energia, o voo até Guarulhos que já era rápido pareceu um piscar de olhos.


No Aeroporto Internacional de São Paulo, o mais movimentado do Brasil, encaramos as extensas filas de embarque. E mais espera! Os aviões, devido ao intenso tráfego aéreo de Guarulhos, ficam aguardando na pista a autorização de decolagem por cerca de 20 minutos, intermináveis 20 minutos.

Quanto mais perto ficava o Chile, mais parecia que o tempo se arrastava. As 4 horas de voo pareciam eternas, mas a galera não se rendeu. Os corredores do avião ficaram tomados de alunos, não só conversando entre si, como também fazendo contatos com gente de todos os cantos do mundo. Toda hora é hora de fazer networking para esse pessoal.


Durante o voo até Santiago, as Cordilheiras se exibiram soberanas. Mesmo iluminadas somente pela bela Lua cheia, quem avista de cima as montanhas fica sem palavras. Embora o visual seja maravilhoso, as caras já condenavam: o cansaço é geral. Foi os olhos detectarem o novo território, que o sorriso voltou a estampar o rosto dos estudantes. No conforto de um ônibus fretado, fomos, sem escalas, para o Hotel Leonardo Da Vinci, localizado no bairro Las Condes.

Agora são 4h15min e eu fecho este post com a alegria e o alívio de encontrar uma cama macia e quentinha (porque aqui a temperatura está 8˚C) para recarregar as baterias. Amanhã tem mais, ou melhor, daqui a pouco tem mais!

Acesse a galeria de fotos do primeiro dia de Global Trip!

Confira as matérias sobre o primeiro dia da viagem:












Encontro para definir últimos detalhes


Pessoal,

A viagem é daqui exatamente uma semana, e o pessoal da Global Jr. ESPM está finalizando o que falta pra tudo ser perfeito. Por isso, amanhã às 13 horas na Sala 6 (da OMC) vai ter uma reunião com os alunos que vão na Global Trip.
Nesse encontro, a gente vai ver questões indispensáveis como por exemplo os trajes que usaremos, os horários dos encontros, informações sobre os câmbios, horários de embarques e outras coisinhas mais específicas que precisam ser vistas.
É super importante que todos compareçam, pois são informações básicas sobre as quais todos nós temos dúvidas. A presença dos pais não é necessária, e vocês, se puderem, confirmem suas presenças pelo e-mail (mktglobaljr@espm.br/comunicaglobaljr@espm.br), telefone, ou presencialmente lá na Global.

Então, só pra lembrar:
Local: ESPM - Sul, Sala 6 (OMC), Prédio B. 
Horário: 13h. 
Data: 5 de outubro, quarta-feira. 

Esperamos todos lá!

Festa Global Trip ESPM 2011

Faltam poucos dias para embarcar rumo ao Chile. Pensando nisso, foi organizada uma festa para a integração do grupo que vai participar da Global Trip ESPM 2011.

Veja o vídeo com momentos do evento e entrevistas com alunos dos cursos de Relações Internacionais e Jornalismo:


Fotos




O Chile em verso e prosa



"Oh, Chile, largo pétalo
de mar y vino y nieve,
ay cuándo
ay cuándo y cuándo
ay cuándo
me encontraré contigo,
enrollarás tu cinta
de espuma blanca y negra en mi cintura,
desencadenaré mi poesía
sobre tu territorio."

Falar de literatura chilena remete, invariavelmente, ao autor dos versos acima: Pablo Neruda.
Embora ele seja o escritor mais conhecido mundo afora, as letras chilenas trazem outros nomes que deixaram sua marca.

No início do século XX, as vanguardas artísticas modificavam a arte na Europa. Vicente Huidobro foi um dos precursores desses movimentos na América Latina.
Foi o criador do Criacionismo, sendo essencial para a formação literária  de poetas como Federico Garcia Lorca.
O criacionismo de Huidobro deriva de um poema no qual ele pergunta aos poetas porque cantar a rosa, se antes deveríamos fazê-la florir no poema, comparando o poeta a um pequeno Deus. Huidobro rompe com todos os padrões lógicos até então aparentemente aceitos. A inspiração fica em liberdade, as palavras emancipam-se e o inconsciente ordena o novo mundo expressivo. Ele introduz novas formas de escrever e pensar literatura.


Em meados do século XX, ganha destaque o nome de Gabriela Mistral, que além de poetisa, foi diplomata e defensora do feminismo. Em 1945, ela recebeu o Nobel de Literatura.
Sua poesia trata sobre o amor de mãe, memórias pessoais dolorosas e o amor em geral.
A notoriedade a obrigou a abandonar o ensino para desempenhar diversos cargos diplomáticos na Europa. Seu interesse pelo outro, pelo afeto e pela humanidade lhe trouxe reconhecimento e a possibilidade de defender seus ideais pelo mundo. 

Neftalí Ricardo Reyes Basoalto nasceu em 1904. O poeta chileno mais conhecido adotou o nome Pablo Neruda em homenagem ao poeta tcheco Jan Neruda e ao francês Paul Verlaine.
Em sua juventude brinca com o modernismo e, no ano de 1927, começa sua carreira diplomática, morando em diversas partes do mundo. Nestas viagens, conhece diversas pessoas importantes do mundo cultural como Garcia Lorca.
Em 1936, com a Guerra Civil Espanhola, Neruda se comove e compromete-se com o movimento republicano. A morte do amigo Garcia Lorca e os acontecimentos na Espanha o fazem a produzir textos com temáticas políticas e sociais.
Em 1943, é eleito senador da República. Seus discursos inflamados o levam a ser perseguido pelo governo e é exilado na Europa.
Em outubro de 1971, recebe o Prêmio Nobel de Literatura.
Durante o governo do socialista Salvador Allende, é designado embaixador na França. Doente, retorna para o Chile em 1972. Em 23 de setembro do ano seguinte, morre de câncer. Muitos dizem que sua morte se deve à desilusão com o golpe sofrido por Allende, pois faleceu poucos dias após o acontecimento.

Atualmente, a autora mais conhecida em produção na literatura chilena é Isabel Allende.
Sobrinha do ex-presidente Salvador Allende, Isabel mora nos Estados Unidos e faz sucesso com romances como "A Casa dos Espíritos" e "Do amor e de Sombras", que tiveram grande sucesso literário e também no cinema.
"Paula" é o testemunho contado na primeira pessoa sobre a morte de sua filha.  O livro percorre a vida da escritora e os acontecimentos que a marcaram. Em "Meu país inventado", Isabel fala do Chile e da saudade de um país que não pode mais recuperar.





DICAS DE FILMES:

O Carteiro e o Poeta 




A Casa dos Espíritos


Cueca, a dança oficial chilena

Você conhece Cueca? Não a roupa íntima, a dança? Sim, ela é o baile nacional do Chile desde 1979. É um estilo derivado da Zamacueca Peruana. A música possui uma linha melódica. Ela se constitui assim, devido à forma de dançar: um casal que está em uma conquista amorosa. A moça e o rapaz dançam em círculos com voltas e meia-voltas - interrompidas por algumas coreografias.

A música é geralmente interpretada por duas vozes que são acompanhadas por violão, harpa, piano, acordeão e pandeiro. Pode faltar qualquer instrumento, porém o violão é fundamental, assim como as palmas do público que incentivam os casais que dançam nas ramadas.

Diz-se que cueca vem da expressão clueca (choca), palavra usada para nomear uma galinha quando vai incubar seus ovos, o que significaria que a dança simboliza o assédio que o galo faz à galinha.

A dança já obteve várias ramificações e personalizações. Entretanto, os estilos mais conhecidos são:
- Cueca nortina: a principal diferença é que a música não é cantada, somente instrumentada;
- Cueca chilota: os passos são mais curtos e a voz do cantor tem mais importância sobre os instrumentos.

Agora que já sabes mais sobre a dança nacional do Chile, te arriscas a dar uma palinha dançando Cueca?

Reunião sobre a Global Trip

Nessa quarta-feira, 31 de Agosto, no Auditório Humberto Campos, às 19 horas,
aqui na ESPM-Sul, vai acontecer a reunião para pais e alunos sobre a Global Trip.
Nesta reunião, a equipe da Global Jr. falará sobre a viagem e também fornecerá
informações adicionais a respeito da programação.


É muito importante que todos compareçam pois é o momento de esclarecer detalhes e especificações do funcionamento da viagem, datas e visitações. Da mesma forma, a equipe da Global Jr. estará à disposição para o esclarecimento de dúvidas.


Também, haverá nessa data, a presença de uma representante da empresa CVC, responsável pelo agenciamento e operação da viagem. Quem quiser sanar dúvidas acerca de contratos, pagamentos, prazos e demais detalhes técnicos pode aproveitar a oportunidade.


Para obter mais informações, ou confirmar presença, bastar mandar um email para: mktglobaljr@espm.br


Informações:


Telefone: 3218.1408
Data: 31/08/2011
Local: Auditório Humberto Campos, Prédio B, ESPM-Sul;
Endereço: Rua Guilherme Schell, 350 – Porto Alegre


Apareçam!

Gastronomia típica

Desvendar um novo país com olhos de viajante é sempre um desafio. Nessas horas, o prisma da gastronomia pode ser um forte aliado para conhecer a cultura de um povo. Descubra que a culinária do Chile é tão diversa quanto suas paisagens.

Apesar de possuir alguns alimentos bem tradicionais como milho, peixe e frutos do mar, as características da cozinha chilena variam de acordo com a região do país. Sua culinária possui uma forte influência da cultura espanhola e dos países vizinhos, com destaque para a tradição indígena do Peru.
Entre os pratos populares está a empanada, uma espécie de pastel que pode ser frita ou assada, recheada com carne e cebola ou com queijo e mariscos. Outro sucesso nacional é a cazuela, que tem características específicas de acordo com a localidade onde a preparam. A diferença se dá principalmente pelos ingredientes utilizados nesse tipo de sopa em cada região.

Culinária por Regiões

O litoral do Chile é um paraíso para os apreciadores de pescados e frutos do mar. Com uma extensa costa, apresenta uma grande variedade deste tipo de alimento. O Mercado Central de Santiago é visita obrigatória. Outra boa opção é ir até Viña del Mar desfrutar da ótima infraestrutura e dos muitos restaurantes do balneário.
A região patagônica é marcada pelo consumo de cordeiro e ostiones – um tipo de marisco. No norte chileno são mais populares os ceviches e as Papas a la Huancaina – um prato de origem peruana. Já na parte centro-sul, dominam as receitas com diversos tipos de carnes e as humitas – que se assemelham a pamonhas.

Escolha seu vinho

Independente do prato pelo qual você optar, existe um vinho à altura para harmonizar os sabores. Apesar dos mais famosos vinhos chilenos serem os tintos; para acompanhar os pescados locais, os brancos são os vencedores. Na dúvida consulte o garçom, como bom chileno ele vai indicar uma combinação para marcar o país na memória de suas papilas!

A ditadura militar no Chile

Na segunda metade do século XX vários países latino-americanos passaram por um período não-democrático. A ditadura chilena é uma das mais emblemáticas. No final da década de 1990 voltou a ter repercussão mundial com a prisão do General Augusto Pinochet, preso ao fazer uma viagem para Londres em 1998, para um tratamento de saúde.
Pinochet foi detido pela justiça inglesa, atendendo a uma solicitação de um juiz espanhol que desejava sua extradição para que respondesse, em um tribunal da Espanha, pelo desaparecimento de cidadãos daquele país sumidos no Chile após o golpe de 1973. Alegando problemas de saúde, Pinochet conseguiu protelar sua condenação. Seu falecimento, em 2006, encerrou mais um capítulo desse importante momento da história chilena.

ANTECEDENTES

Assim como o Brasil, o Chile passou por um período de industrialização e desenvolvimento econômico em meados do século XX. Nesse processo, empresas estrangeiras aproveitaram para lucrar com a exploração de suas riquezas, sobretudo minérios, como o cobre.

Durante os anos 1960, partidos políticos com propostas voltadas a atender demandas sociais passaram a ganhar importância. As propostas se dividiam entre aqueles que apoiavam uma revolução no modelo da experiência cubana e aqueles que defendiam a utilização das vias democrático-partidárias e das reformas políticas como instrumento de transformação.

O governo de Eduardo Frei, nessa mesma época, chegou à presidência do Chile com um frágil conjunto de reformas que não alcançou os objetivos esperados. Comunistas e socialistas se mobilizaram em torno da Unidade Popular, partido que acabou elegendo o presidente Salvador Allende.

Allende optou por seguir uma política independente em relação aos Estados Unidos e defendeu a nacionalização das empresas norte-americanas que se encontravam no país. Assim, setores políticos conservadores e as autoridades norte-americanas passaram a ver com receio as propostas do novo presidente. Além disso, o governo de Allende teve que enfrentar uma crise do cobre no mercado internacional, que, na época, representava uma boa parcela da economia chilena.

Essa diminuição dos preços do cobre acarretou em uma elevação no preço dos alimentos mediante a forte dependência da economia chilena em relação a seus recursos minerais. Aproveitando da situação desfavorável, os Estados Unidos e os conservadores chilenos instigaram a organização de manifestações contrárias ao governo Salvador Allende. Um grupo de militares golpistas, então, se formou com o objetivo de tomar o poder dos socialistas.

O GOLPE

Quase dez anos após o golpe militar que instaurou a ditadura no Brasil, as Forças Armadas do Chile organizaram um golpe que pretendia depor o presidente Salvador Allende. Era setembro de 1973. Allende tentou resistir até o ultimo momento, cometendo suicídio quando o grupo de militares promoveu a invasão do Palácio La Moneda. A dúvida sobre o suicídio de Allende pairou até recentemente, com a exumação de seu corpo e a descoberta de evidências que atestam a veracidade.

Augusto Pinochet tornou-se Presidente. Seu governo ficou marcado como um dos mais violentos regimes ditatoriais latino-americanos. Dados indicam que cerca de 60 mil pessoas foram mortas ou desapareceram, e 200 mil abandonaram o país durante o período em que esteve no poder. Apenas no final da década de 1980, as pressões políticas internacionais e internas passaram a desestabilizar a ditadura chilena. Em 1988, um plebiscito previsto na Constituição negou a renovação do mandato de Pinochet.

No ano seguinte, novas eleições presidenciais levaram Patrício Aylwin Azocar, da frente política oposicionista, popularmente conhecida como “Concentración”, ao poder. A partir de então, o Chile viveu um processo de redemocratização marcado pela denúncia e punição dos militares envolvidos com crimes políticos. Entretanto, Pinochet continuava no poder como chefe do Exército, cargo deixado em 1998 quando assumiu o posto de senador vitalício.

Conheça a capital do Chile, Santiago

Que Santiago é a capital do Chile, todo mundo sabe. O que talvez você não saiba é que a cidade é a sétima mais habitada da América Latina e uma das 45 maiores áreas metropolitanas do mundo. Estatísticas respeitosas, não?
A cidade é o centro cultural, administrativo, industrial e financeiro do país. Ela abriga os principais organismos governamentais, como o Palácio de La Moneda (ver pontos turísticos no fim do post). Em 1541, Santiago foi fundada pelo conquistador espanhol Pedro de Valdivia, que iniciou a conquista do Chile. Em 1818, foi palco da independência do país, fato que culminou em sua definição como capital da nação chilena. Porém, só a partir da crise de 1929 que a cidade se desenvolveu significativamente, com a criação do Bairro Cívico em torno do Palácio de La Moneda. Desde então, Santiago não parou de crescer, o que proporcionou a condecoração como Gran Santiago.



Em termos geográficos, a cidade está localizada próxima a um dos cartões postais mais bonitos do mundo (deixando a imparcialidade de lado), a latino-americana Cordilheira dos Andes. Por conta disso, Santiago recebe muitos turistas no inverno que vão à capital chilena em busca de diversão, como o esqui na neve, e dos famosos vinhedos locais. Devido ao clima mais frio, a uva cresce em condições especiais, o que torna os vinhos chilenos consagrados internacionalmente.
Santiago, cidade que visitaremos em outubro, é um ótimo destino para apreciarmos o mosaico que é nosso continente.


Confere aí as nossas sugestões de pontos turísticos para conhecer na capital do Chile!

Pontos Turísticos de Santiago:
- Municipalidade de Santiago (prefeitura da Comuna de Santiago)
- Mercado Central
- Museo de La Solidariedad
- La Chascona(antiga residência de Pablo Neruda)




Rumo ao Chile

Entre os Andes e o Pacífico existe um país, estreito no mapa, mas rico em cultura e possibilidades para quem o visita. É no Chile que vamos pousar em outubro.
Alunos da ESPM-Sul fazem parte do grupo que vai cruzar a cordilheira em busca de conhecimento, experiências profissionais e, também, diversão.
Pode parecer clichê dizer isso, mas o Chile é um país de contrastes que se estende do deserto de Atacama – o lugar em que menos chove no mundo – aos confins gelados da Patagônia.
Dividido em 15 regiões, tem 4.300 km de extensão com uma média de largura de apenas 180 km. Com destinos tão variados, quem visita o Chile pode optar por conhecer sua exuberante natureza, experimentar a culinária local ou descobrir mais sobre sua rica história.
Até outubro vamos publicar uma série de posts sobre nosso destino, mostrando um pouco do que vamos ver em terras chilenas.
Nosso objetivo é compartilhar informações e preparar o terreno para a viagem.
Saiba mais sobre a Global Trip e conheça o nosso roteiro.
Não deixe de acompanhar nosso blog. Toda semana vamos ter novidades por aqui.

Entrevistas

Quinzenalmente a equipe do Blog Global Trip ESPM-Sul fará entrevistas com quem irá para o Chile. 

Veja o vídeo de apresentação:




Acompanhe as entrevistas:

Entrevista com o Prof. Christian Tudesco, Coordenador da Global Jr.

 

Entrevista com o Prof. Sérgio Wollmann, Diretor do Curso de Relações Internacionais da ESPM-Sul



Entrevistas com alunos que vão participar da Global Trip









O que é?

A Global Jr. ESPM promove, desde 2009, uma viagem internacional anual para os alunos da Escola, a Global Trip ESPM. O foco dessa experiência é acadêmico, pois além de conhecer um novo país e interagir com a sua cultura, fazem parte do roteiro visitas a:

·   empresas locais que tenham se tornado internacionais, ou que estejam se preparando para isso;

·   empresas estrangeiras que tenham filiais no país;

·  entidades governamentais, como a embaixada brasileira localizada no país visitado;

·   universidades parceiras, ou em potencial, para recepção de alunos da ESPM-Sul.


Global Trip ESPM 2011 – Chile, lá vamos nós!


Em 2011, o destino da Global Trip ESPM será o Chile. Durante nossa viagem, iremos conhecer empresas como
Concha y Toro e Petrobras. Não irão faltar momentos para visitar pontos turísticos do país e degustar a culinária típica chilena.

Os pré-requisitos para participar da Global Trip ESPM são: estar matriculado em algum curso de graduação da faculdade e ser maior de 18 anos.

Se você tiver interesse em mais informações, é só enviar um e-mail para mktglobaljr@espm.br, entrar em contato com Luana através do telefone 3218.1408 ou ainda visitar a sede da Global Jr. na ESPM-Sul.

Conheça também nosso
roteiro.

Roteiro




PRIMEIRO DIA: 11 de Outubro – Terça-Feira

15h15 – Saída de Porto Alegre;

22h30 – Chegada em Santiago;

23h - Chegada ao Hotel Leonardo da
Vinci e acomodações nos quartos.

SEGUNDO DIA: 12 de Outubro – Quarta-Feira

9h30– Café da Manhã;

11h– City Tour;

TERCEIRO DIA: 13 de Outubro – Quinta-Feira

8h - Café da manhã;

10h30 - Saída do hotel para a visita;

11h- Visita à Embaixada Brasileira;

14h30– Visita à Petrobras;

20h– Jantar.

QUARTO DIA: 14 de Outubro – Sexta-Feira

9h – Café da manhã;

9h30 – Saída do hotel;

10h30 – Visita á vinícola Concha y Toro e vinhedos;

19h– Retorno ao hotel;

20h – Noite livre.

QUINTO DIA: 15 de Outubro – Sábado

9h – Café da Manhã;

10h – Saída para Viña Del Mar;

12h30 – Almoço com o grupo em Valparaíso;

14h – Tarde livre;

17h – Retorno à Santiago.

SEXTO DIA: 16 de Outubro – Domingo

9h – Café da manhã;

10h – Manhã livre;

13h – Almoço;

15h – Tarde livre em Santiago;

20h – Jantar em restaurante típico com o grupo.

SÉTIMO DIA: 17 de Outubro – Segunda- Feira

8h - Café da manhã;

9h – Saída do Hotel;

12h40 – Saída do voo Santiago – SP;

21h12 – Chegada em Porto Alegre.
Observação: O roteiro está sujeito a pequenas
modificações conforme a disponibilidade de
horários das empresas.