Tchau, tchau Chile!

Chegou a hora! Acordando de manhã cedinho, os olhares para a paisagem da Cordilheira dos Andes, que nos cercava, já eram saudosos. Apesar de tantas atividades e passeios, a galera não estava com muita vontade de embarcar e deixar o solo chileno.

 Mas parece que os pedidos de ficar um pouco mais foram realizados. Com a atividade do vulcão chileno Puyehue que espalhou suas cinzas pelo Brasil, alguns aeroportos amanheceram fechados, causando aquele sucessivo atraso de voos que também postergou um pouquinho a hora de nos despedirmos do Chile.

Alunos no Aeroporto Internacional de Guarulhos
Depois de voarmos de Santiago para Guarulhos, a maioria do pessoal resolveu aproveitar o pit-stop para fazer um lanche e algumas compras no free shop. Afinal, ninguém é de ferro e os parentes e amigos estavam esperando pelas lembrancinhas que os viajantes trariam desse momento.

Aterrissamos em Porto Alegre e, nos aguardando, estavam mães, pais, namoradas, com aquele sorriso no rosto. Acaba assim a Global Trip 2011. O Chile se mostrou um destino surpreendente, pois mesmo próximo no mapa, ainda é muito distante na cultura. Os nossos futuros internacionalistas desbravaram apenas um pedacinho da América Latina, mas é só o começo para essa galera que tem o mundo inteiro pela frente.

Livres pelo Chile

Dia livre. Depois de dias repletos de atividades e visitas, todos tiveram a oportunidade de escolher o passeio que queriam fazer antes de se despedir de Santiago.

Um grupo de alunos optou por visitar a Cordilheira dos Andes. Mesmo não sendo possível esquiar, não faltaram brincadeiras com a neve, e a emoção de ver de perto a grandiosidade das montanhas geladas chilenas.



Porém, muito de Santiago restava a ser explorado. Assim, o domingo foi aproveitado pelos demais viajantes para passear pela cidade, ver mais uma vez sua incrível arquitetura, com formas nada convencionais e, também, aprofundar a rica (e algumas vezes triste) história que o Chile tem para contar.



O Museo de La Memoria y los Derechos Humanos foi um dos locais visitados. Nele, foi possível sentir as marcas que os anos de ditadura deixaram no país e em seu povo. Material conservado durante os anos do regime de Pinochet, como cartas, fotos e objetos pessoais ajudam a contar essa história, junto a pequenos documentários retratando o período.





Fontes, estátuas, pololos namorando, e uma grande subida levam ao alto do Cerro Santa Lucia. Do topo, um mirante permite uma visão incrível da cidade rodeada pelas alvas cordilheiras.








O Cerro Santa Lucia tem este nome desde que Pedro de Valdívia em 13 de dezembro de 1540, dia de Santa Lucia, chega ao local e toma posse. Este era um excelente mirante de onde se avista todo o vale do rio Mapocho. Foi nesse lugar, em 12 de fevereiro de 1541, que foi fundada a cidade de Santiago, antes chamada de Santiago de Nueva Extremedura.



Foi uma semana com muitas atividades e, sem dúvidas, bastante aprendizado. Santiago deixou aquele gostinho de “quero mais”, o Chile uma imensidão de passeios, cultura e pessoas a serem conhecidas. Contudo, é hora de voltar. Levamos a bagagem mais pesada na volta, com as lembranças e experiências que essa incrível viagem nos proporcionou.

Encantados por Valparaíso e Viña del Mar


O quinto dia de viagem foi marcado por um belo passeio a Valparaíso e Viña del Mar. Na parte da manhã, os alunos percorreram, de ônibus, uma média de 120km. Foi só chegar em Valparaíso para comprovar a beleza do local. A combinação dos diversos morros que enfeitam a cidade junto do maior porto do Chile mostra o porquê da cidade ter sido instituída Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

Valparaíso é banhada pelo Oceano Pacífico e, como polo portuário, movimenta milhões de pesos por ano.  A cidade, que já é colorida pelas casas que marcam as ruas de cada morro, fica ainda mais charmosa com os diversos quadros e lembranças que são vendidos nas feiras artesanais da cidade.

Assim como Santiago, capital do Chile, Valparaíso também foi casa do poeta Pablo Neruda. Ele, em 1959, procurava um lugar tranquilo e inspirador para escrever. Valparaíso, com certeza, era a melhor opção.
Depois dos alunos se deslumbrarem com a vista do porto e comprarem suas lembranças do local, partiram em direção a Viña del Mar. Comuna que ficaria a minutos de Valparaíso.

Em Viña del Mar, a primeira parada foi no relógio de flores localizado no Paseo Alessandri. Aquele foi o primeiro cartão de visitas que os futuros internacionalistas receberam da “Cidade Jardim” – como é chamada pelos chilenos. Ela é o exemplo típico de um município que vive do turismo. Outros exemplos de atividades turísticas de Viña del Mar são o Festival de la Canción, que ocorre no mês de fevereiro, e o Festival de Cine de Viña del Mar, em outubro.
O almoço acompanhado da tarde livre para admirar o mar do Pacífico marcaram o período que estiveram em Viña del Mar. No fim da tarde, a rota escolhida para a volta a Santiago percorreu o topo dos morros das cidades visitadas. Uma ótima forma dos estudantes se despedirem do passeio que seria o penúltimo da Global Trip 2011.


Um brinde ao business!

No 4º dia de Global Trip, nossa programação é conhecer a Concha y Toro, maior vinícola do Chile e uma das cinco maiores do mundo. Então, cedinho embarcamos no ônibus a caminho do Vale do Maipo, onde se produzem os vinhos tintos e se localizam a maior parte das terras da empresa. O cenário ao longo do percurso vai se modificando; partimos com a bela Cordilheira dos Andes, que amanheceu nevada, ao fundo e chegamos em terras áridas com os típicos cactos como vegetação.

No Vale do Maipo, por sua propícia localização geográfica, estão situadas cerca de 40 das 230 vinícolas existentes no Chile. Entretanto, nem todas as cepas de uvas –como são chamadas as variedades– podem ser cultivadas nesse solo. Por essa razão, a Concha y Toro possui terras também em outros vales chilenos –de onde vem as cepas brancas– e na Argentina –onde a uva Malbec tem suas mais privilegiadas condições para se desenvolver.

Em 1883, Don Melchor de Concha y Toro fundou a vinícola, trazendo da França as primeiras cepas para vinho. A empresa carrega o nome de seu fundador até hoje, além de ainda estar sediada nas terras em que tudo começou. A casa de Don Melchor faz parte do roteiro turístico pelo qual passeamos e surpreende com sua decoração preservada original, em sua maioria, desde 1875. Com 22 dormitórios, 22 hectares de jardim e 4 mil metros quadrados construídos, o verdadeiro palácio de arquitetura italiana que Don Melchor construiu serve hoje como local para reuniões e grandes eventos corporativos da vinícola.

Os alunos conheceram o jardim de variedades que está sendo cultivado. São 27 tipos de uvas se desenvolvendo para que, posteriormente, seja mais fácil treinar profissionais para identificar as especificidades de cada cepa. No entanto, desses 27 tipos de uva, apenas 12 são comercialmente produzidos pela Concha y Toro em seus 8 mil hectares no Chile e 1 mil hectare na Argentina. A região que conhecemos possui um solo tipicamente aluvial, característico pelos poucos nutrientes e a abundância de pedras. Ali nasce uma uva mais pequena e com mais açúcar, estudada e planejada para atingir o grau exato de maturação.

Depois de conhecer as vinhas ainda pequenas, visitamos outra parte do processo da criação do vinho. É durante o armazenamento sob condições climáticas bem precisas que todos os sabores nascem. A temperatura de 11,8˚C e a umidade de 80% são controladas enquanto os barris –alguns de carvalho americano e outros mais refinados de carvalho francês– repousam. No entanto, os vinhos Don Melchor, um dos mais caros produzidos pela vinícola, ficam armazenados em um lugar especial, o Casillero del Diablo. Com 4 metros de profundidade, essa adega subterrânea mantém a temperatura e a umidade ideais de modo natural. Os tijolos são unidos por uma mistura de cal, areia e clara de ovos, mas não é por essa razão que todo turista tem que conhecê-lo.

Antes mesmo do nascimento da Concha y Toro, Don Melchor já era um grande apreciador de vinhos e reservava seu preferidos exatamente no Casillero del Diablo. O espaço ganhou esse nome pela lenda que o próprio dono do lugar criou, depois que alguns de seus melhores vinhos começaram a desaparecer misteriosamente. Don Melchor descobriu que as bebidas estavam sendo roubadas e espalhou a história de que o próprio diabo guardava sua seleção especial.

Na sequência, os alunos assistiram a verdadeiras aulas de marketing aplicadas aos cases da Concha y Toro, que recebe cerca de 100 mil pessoas por ano para viver uma experiência com a marca. A equipe administrativa da vinícola contou sobre seu projeto de sustentabilidade com medidas ecológicas que geram economias. Garrafas mais leves, redução no consumo de água e preservação dos bosques locais para manter o clima da região fazem parte da iniciativa que já rendeu prêmios, como o Green Awards em 2010.

Existem 11 linhas de vinhos diferenciadas pertencentes á Concha y Toro, dentre elas, a famosa Casillero del Diablo e a requintada Marques de Casa Concha. Os estudantes tiveram a oportunidade de saber mais sobre as estratégias de marketing utilizadas pelos brand managers dessas duas marcas da vinícola. A Casillero se destaca dentre as linhas por seu volume de vendas; se fosse separada da Concha y Toro, seria, nada mais, nada menos, que a segunda maior vinícola do Chile.

O próximo e, talvez, mais aguardado passo era degustar os produtos finais desse processo que a galera conheceu no passeio. Foram oferecidos 9 vinhos diferentes da Marques de Casa Concha e da Casillero del Diablo, que eles saborearam guiados por um sommelier. Com aromas, cores, origens e gostos decifrados, a complexidade de cada taça se mostra muito maior.

Conhecer a Concha y Toro e seus vinhos foi uma oportunidade especial de percorrer os contornos do Chile através de outra perspectiva. O sucesso da empresa não é à toa; a vinícola mostrou estar à altura do lema: “Buscamos retribuir em cada garrafa o que a terra nos deu.”

Confira a reportagem:



Acesse a galeria de fotos do quarto dia de viagem.

Um dia diplomático

Diplomacia governamental ou empresarial. Esta é uma grande dúvida para estudantes de relações internacionais. Na quinta-feira, dia 13 de outubro, os alunos que participaram da Global Trip 2011 tiveram a oportunidade de conhecer essas duas formas de atuação profissional, pois visitaram a Embaixada Brasileira no Chile e a Petrobrás.

A primeira visita foi à embaixada. O Palácio Errázuriz, prédio em que está situada, foi adquirido em 1941 pelo governo brasileiro. Construído em 1872 pelo arquiteto italiano Don Eusebio Chelli, em estilo neoclássico, serve como local de discussão de acordos e tratados entre os países e, também, como palco de eventos culturais. Atualmente, passa por reformas, tendo em vista os problemas decorrentes do terremoto que atingiu Santiago em 2010.

Na ocasião, os alunos puderam ter maior contato com o cotidiano da diplomacia, tendo conversado com o embaixador Frederico de Araújo e Maurício Bernardes, secretário da Divisão Comercial da Embaixada Brasileira no país. As relações bilaterais Brasil-Chile, sua pauta comercial e a integração entre os países sul-americanos foram alguns dos assuntos debatidos na visita.

Os alunos também conheceram o Centro Cultural Brasil-Chile, anexo ao prédio da embaixada, em que são oferecidas aulas de língua portuguesa e cultura brasileira a estrangeiros, além da promoção de eventos culturais.

Confira a reportagem:



Depois de almoçar no shopping, os alunos foram para a sede da Petrobras aqui em Santiago. Renato Marques, gerente da rede de postos Petrobras – Chile, recebeu os alunos para uma conversa. Renato contou aos presentes sobre como funcionava a empresa brasileira aqui no Chile.

Marques é engenheiro químico mas hoje em dia atua com marketing e negócios. Dentre várias dicas e exemplos que ele deu aos alunos, enfatizou o seguinte: “Aqui ou no Brasil, o que a gente vende é abastecimento de combustível”. Explicou, que por se tratar na maior parte dos casos um serviço, a Petrobras busca adotar o método One Stop Shop, que seria a otimização do tempo dos clientes nos estabelecimentos.

Os alunos aprenderam também, que as empresas que vão se internacionalizar precisam se adaptar com as diversidades culturais dos outros países. Segundo Renato essas noções estratégicas são essenciais para uma multinacional dar certo.

Confira a reportagem:



Acesse a galeria de fotos do terceiro dia de vigem.

Santiago é apaixonante!

Santiago já havia nos conquistado na noite de ontem, terça-feira, assim que chegamos. Mas foi só amanhecer que pronto: todos se encantaram mais ainda por essa cidade! O segundo dia da viagem serviu para os alunos conhecerem a capital do Chile com o city tour guiado por Haroldo - como o chileno prefere ser chamado por brasileiros.

Iniciamos o roteiro pela principal avenida da cidade que carrega consigo várias peculiaridades. Por exemplo, a rua muda de nome quatro vezes ao longo de seu percurso. Por quê? A cada província que ela cruza recebe uma nova nomeação. No seu subsolo, um trem que é um dos principais meios de transporte da cidade. A avenida também possui uma arquitetura muito bem estruturada e preparada para terremotos e tremores. Mais de 85% dos prédios da capital são antissísmicos. O que explica os poucos estragos em Santiago pelo terremoto que aconteceu no dia 27 de fevereiro de 2010.

No passeio conhecemos vários pontos históricos da cidade que ilustravam os momentos marcantes que a capital chilena passou. Como, por exemplo, o Palácio de La Moneda, local muito lembrado pela época de totalitarismo de Augusto Pinochet sobre o país. A cada local novo e marcante de Santiago que a galera conhecia, mais se ouvia a frase: "Eu quero morar aqui!".

A paixão dos alunos tem explicação: Santiago é bem limpa. Você caminha, caminha e caminha e encontra uma que outra latinha de refrigerante no chão. Outro motivo, é a mescla - muito bem feita - entre arquitetura antiga e moderna. Os prédios mais tradicionais têm fortes referências da arquitetura francesa, resultado de jovens de classe alta que estudaram na frança nos seculos XVIII e XIX. Já os prédios novos, impressionam, principalmente, por sua altura. Inclusive, o prédio mais alto da América Latina está sendo construído aqui em Santiago.

Pra terminar o city tour, o pessoal subiu no Mirante do Morro de San Cristobal e ficou mesmerizado com a vista que o lugar proporcionava. O friozinho de lá de cima e o sol que fazia sombra nas árvores e prédios só confirmava a hegemonia das sensações sentidas: Santiago é apaixonante!

Confira a reportagem:


Confira a galeria de fotos.

Finalmente em solo chileno

Depois de 11 horas, entre sairmos da ESPM-Sul e chegarmos ao hotel, finalmente, Chile cá estamos nós! Um pouco exaustos de tantas horas em aeroportos e aviões? Siiim! Mas com muito gás para curtir as surpresas que esta terra pode nos proporcionar.

A maioria da galera partiu da ESPM por volta das 13 horas. Alguns se juntaram ao grupo já no Aeroporto Salgado Filho. Todo mundo reunido, era hora de fazer o check-in e embarcar. Com todos ainda cheios de energia, o voo até Guarulhos que já era rápido pareceu um piscar de olhos.


No Aeroporto Internacional de São Paulo, o mais movimentado do Brasil, encaramos as extensas filas de embarque. E mais espera! Os aviões, devido ao intenso tráfego aéreo de Guarulhos, ficam aguardando na pista a autorização de decolagem por cerca de 20 minutos, intermináveis 20 minutos.

Quanto mais perto ficava o Chile, mais parecia que o tempo se arrastava. As 4 horas de voo pareciam eternas, mas a galera não se rendeu. Os corredores do avião ficaram tomados de alunos, não só conversando entre si, como também fazendo contatos com gente de todos os cantos do mundo. Toda hora é hora de fazer networking para esse pessoal.


Durante o voo até Santiago, as Cordilheiras se exibiram soberanas. Mesmo iluminadas somente pela bela Lua cheia, quem avista de cima as montanhas fica sem palavras. Embora o visual seja maravilhoso, as caras já condenavam: o cansaço é geral. Foi os olhos detectarem o novo território, que o sorriso voltou a estampar o rosto dos estudantes. No conforto de um ônibus fretado, fomos, sem escalas, para o Hotel Leonardo Da Vinci, localizado no bairro Las Condes.

Agora são 4h15min e eu fecho este post com a alegria e o alívio de encontrar uma cama macia e quentinha (porque aqui a temperatura está 8˚C) para recarregar as baterias. Amanhã tem mais, ou melhor, daqui a pouco tem mais!

Acesse a galeria de fotos do primeiro dia de Global Trip!

Confira as matérias sobre o primeiro dia da viagem:












Encontro para definir últimos detalhes


Pessoal,

A viagem é daqui exatamente uma semana, e o pessoal da Global Jr. ESPM está finalizando o que falta pra tudo ser perfeito. Por isso, amanhã às 13 horas na Sala 6 (da OMC) vai ter uma reunião com os alunos que vão na Global Trip.
Nesse encontro, a gente vai ver questões indispensáveis como por exemplo os trajes que usaremos, os horários dos encontros, informações sobre os câmbios, horários de embarques e outras coisinhas mais específicas que precisam ser vistas.
É super importante que todos compareçam, pois são informações básicas sobre as quais todos nós temos dúvidas. A presença dos pais não é necessária, e vocês, se puderem, confirmem suas presenças pelo e-mail (mktglobaljr@espm.br/comunicaglobaljr@espm.br), telefone, ou presencialmente lá na Global.

Então, só pra lembrar:
Local: ESPM - Sul, Sala 6 (OMC), Prédio B. 
Horário: 13h. 
Data: 5 de outubro, quarta-feira. 

Esperamos todos lá!